A Andreia, uma mãe, com fobia de hospitais e agulhas**, fez o acompanhamento completo e ganhou confiança com o Hypnobirthing. Durante o parto teve de lidar com situações desafiantes e adversas e este é o seu relato de parto com Hypnobirthing.
“Na noite de Sábado comecei a sentir as ondas que se foram intensificando com o passar das horas. No domingo de manhã já estava com intervalos de 2 minutos. Tomei banho, preparei as coisas e fomos para o hospital.
13h45- chegada ás urgências. Estava tranquila, fiz uma viagem calma, sem stress nem medos, sempre acompanhada das respiração 4/8 e com a sessação de que tudo ia correr bem.
Á chagada ao hospital disseram-me que provavelmente ia voltar para casa pois só tinha 1 cm de dilatação. Após o CTG decidiram internar-me pois as ondas continuavam regulares de 2 em 2 minutos.
Fiquei no quarto sozinha com monitorização das ondas e a ouvir os áudios da Maria para me tranquilizar e preparar para o parto.
16h- internamento – Dirigi-me ao quarto onde ia ficar com uma enfermeira com quem falei cerca de 15 mns sobre o meu plano de parto. Fiquei animada por saber que todas as práticas importantes para mim eram implementadas no hospital.
Até aqui toda a equipa que me recebeu foi calorosa, profissional e amável. Sentia-me confiante e em boas mãos.
Fiquei no quarto sozinha com monitorização das ondas e a ouvir os áudios da Maria para me tranquilizar e preparar para o parto.
Foi aqui que o meu estado de tranquilidade se alterou com a entrada de uma parteira que se dirigiu a mim e disse:
– “Você é aquela com o plano de parto? Diga-me lá o que é que você quer?”
Respondi amavelmente que quero o que todas as gr+avidas querem e fui resumindo o que era mais importante para mim.
O meu plano de parto era simples e flexivel e dividia-se em 3 colunas:
– O que eu desejava que acontecesse
– O que eu estaria disposta a aceitar caso não corresse como esperado
– O que eu não permitia
“Você é aquela com o plano de parto? Diga-me lá o que é que você quer?”
A parteira foi entrando e saindo, muito irritada porque a monotorização estava a falhar, segundo ela, devido à minha barriga “demasiado empinada”.
Nesta fase eu já me estava a sentir um pouco nervosa pois a atitude dela estava a deixar-me desconfortável.
Quando veio para avaliar a minha dilatação já tinham passado algumas horas e, para além de me ter magoado, e ter sido extremamente bruta em relação às 2 outras enfermeirasque ja tinham feito o mesmo procedimento, disse.me “você nem sequer está em trabalho de parto”. Eu respondi que as ondas continuavam bastante e ela retorquiu “não, não estão” e foi embora.
Tentei ao máximo ignorar as entradas dela no quarto, ouvir os seus áudios, pois naquela altura a Maria era a única amiga que eu tinha para me acalmar.
Apesar de ir falando com o meu marido, não mencionei esta situação para não o preocupar e também para não escalar os meus sentimentos negativos em relação ao que se estava a passar.
Ao segundo toque para a dilatação, por volta das 22h30 eu estava apenas com 3 dedos de dilatação e, mais uma vez, a parteira voltou a fazê-lo de tal forma que achei que não estava a ser tratada da forma devida.
Enviei mensagem a uma amiga que trabalho neste hospital e que me disse que o turno terminava ás 23h e provavelmente ela iria embora. O meu coração sossegou.
Por volta da meia noite a minha vizinha enviou-me uma mensagem a dizer que já tinha falado com a colega que entrara de serviço e lhe tinha dito que no meu plano eu me recusava a levar Epidural e fazer Oxitocina. É certo que não era a minha preferência mas nunca me recusei a estas práticas se fossem necessárias.
Foi um momento mágico, sem dor, nem medos, nem traumas nem energias negativas.
A enfermeira veio falar comigo e aconselhou-me estes dois procedimentos pois eu não estava a fazer a dilatação e as ondas eram cada vez mais fortes e intensas. Acedi.
01h00- Levei Epidural e comecei a Oxitocina, não tive qualquer receio de agulhas*, nem me senti mal ou desmaiei como era o meu receio. Estava novamente calma e tranquila.
03h30- Deu-se o rompimento da bolsa
06h00- já estava com dilatação completa e começa o parto
06h34- nasce o Simão! Foi um momento mágico, sem dor, nem medos, nem traumas nem energias negativas.
Acredito que o meu Simão não quiz nascer nas mãos da outra parteira, a equipa que me fez o parto foi a mais espetacular e perfeita que podia ter tido. Ele quis esperar para que eu e ele ficassemos em boas mãos.
O pai assistiu ao parto e, ele que dizia que eu ia desmaira, afinal quase que caía para o lado 🙂
O pai assistiu ao parto e, ele que dizia que eu ia desmaira, afinal quase que caía para o lado 🙂
Queria deixar à Maria a mensagem de que não houve curso, ou relato, ou leitura, que me tivesse ajudado e preparado mais para este momento do que o seu curso de Hypnobirthing. Acredito que tudo aconteceu da forma mais perfeita, e o seu curso ajudou-me a mudar a perspetiva deste momento para algo positivo e natural. Posso dizer que não fiquei traumatizada, ou com receio de ter um segundo filho, mesmo na circunstância que me poderia ter causado mais stress (a parteira negativa).
Se pudesse deixar um conselho a todas as grávidas seria: Façam o curso de Hypnobirthing!
Um grande beijinho e mais uma vez obrigada!
A melhor forma que tenho de lhe agradecer é realmente dar a conhecer a maravilha do Hypnobirthing e recomendá-la a todas as grávidas, que é o que tenho feito.”
Obrigada querida Andreia, foi um gosto vê-la a ganhar confiança!
* O relato está escrito conforme foi enviado pela mãe e retrata a sua perceção.
**Esta mãe começou o acompanhamento com fobia de hospitais e agulhas
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