Blog

Introdução gratuita ao Hypnobirthing

Com a introdução gratuita ao Hypnobirthing, ou Hipnoparto, vais experimentar algumas técnicas que usamos nos acompanhamentos.
Experimenta, é gratuito e oferecido com muito carinho!


O Hypnobirthing dá-te o conhecimento e as ferramentas para que possas caminhar para a tua desejada experiência de parto positiva, tal como aconteceu com as quase 600 mães que fizeram o acompanhamento “Parto sem Medos com Hypnobirthing”.

Nesta introdução gratuita encontras pequenas lições, que podes fazer ao teu ritmo, com áudios e exercícios práticos para que percebas como tudo funciona.
Abre-te a novos conhecimentos, experimenta e sente a diferença!


O Hypnobirthing funciona com todas as mulheres e em qualquer circunstância de parto, mas não promete milagres. Para alcançar resultados, requer aprendizagem, compromisso e treino. Tudo depende da tua vontade, da aprendizagem e do que estás disposta a praticar.

Começa por seguir as lições pela ordem, pratica os exercícios de acordo com as explicações e deixa a magia acontecer!
Não tenhas pressa, aprende bem o conceito, interioriza a aprendizagem e pratica muito. E podes ter a certeza de que os resultados aparecem!


Próxima lição: Saúde emocional na gravidez


Observações:
– Selecionei alguns exercícios que utilizo nos acompanhamentos Parto sem Medos com Hypnobirthing com adaptações aos materiais existentes.

– Por favor, não comeces a fazer os exercícios sem ler as informações, pela ordem. Para que seja eficaz, é imprescindível que percebas a lógica que suporta o método antes de o aplicar.

– Esta preparação NÃO substitui o acompanhamento por profissionais de saúde.

– Esta introdução NÃO é um acompanhamento de Hypnobirthing, apenas  utiliza algumas técnicas que fazem parte do acompanhamento.

– Consulta os termos e condições e as perguntas frequentes

– Contém áudios de relaxamento e auto-hipnose que não deves ouvir enquanto operas maquinaria, conduzes ou realizas qualquer tipo de atividade que exija atenção.

A meditação no Hypnobirthing

Sabes porque usamos a meditação no Hypnobirthing?

Porque, quando a grávida está num estado de relaxamento profundo, a sua mente consciente reduz a atividade. Este estado permite-nos aceder melhor e mais rapidamente ao subconsciente, onde estão guardadas todas as crenças e medos.

Aí substituis as crenças de dor e medo por sentimentos de confiança e segurança que irão gerar uma resposta emocional e corporal totalmente diferente.

Como sabes, quando estás com medo ou quando projetas um cenário negativo, o teu corpo responde com tensão física. Ficas num registo de Adrenalina e Stress e geras naturalmente uma tensão muscular protetora.

Durante o trabalho de parto, o corpo está num movimento de abertura e a tensão muscular vai contrariar esse movimento e provocar dor.

Esta é a base do circulo vicioso medo-tensão-dor que queremos evitar.

Com as meditações, a grávida também consegue alterar as suas crenças e ganhar confiança durante toda a gravidez. Durante o parto, consegue chegar a um estado de relaxamento profundo que ajuda à produção das hormonas benéficas à progressão do parto.

Por essa razão o Hypnobirthing requer que a grávida ouça regularmente os áudio-hipnose durante a gravidez e leve meditações específicas para ouvir durante o parto.

Este è o motivo pelo qual as mães que acompanho estão, na maioria do tempo, de auriculares nos ouvidos durante o parto levando a que muitos profissionais de saúde lhes perguntem quem é “a Sra. do áudio”.

São uns minutos diários de prática que fazem toda a diferença na experiência de parto, tornando-a muito mais positiva. ?

Experimenta esta meditação que te ajuda a relaxar em 10 minutos https://youtu.be/KVuEC5Y_Qao

Nascimento da Helena, relato de parto com Hypnobirthing

A Raphaela queria muito ter um parto vaginal domiciliar e romper com a tradição familiar de cesarianas. Acompanhei-a, ela no Brasil e eu em Portugal, e este foi o bonito resultado desta viagem maravilhosa que culminou no nascimento da Helena, num parto com Hypnobirthing.

Relato* de parto de Raphaela e nascimento de Helena com Hypnobirthing.

Acabada de nascer

“Dia 12/05 conversamos no final de tarde e você já tinha observado minhas contrações.
Segui a risca as suas recomendações:
– Baixei os áudios, as meditações e salvei no grupo de whatsapp;
– Escolhi umas músicas para o parto; Ajeet Kaur foi minha escolha depois de uma indicação;
– Chamei o Bernardo, meu namorado, e fizemos um banho a dois para nos despedir da barriga
E finalmente, escolhemos um filme bem antigo e engraçado sobre bebês para assistir.
E adivinha! No meio do filme, depois de várias gargalhadas, minha bolsa estourou.

Mas devo te dizer que as respirações ascendentes foram ESSENCIAIS, foi tudo que me ajudou.

Aí foi aquela correria, o Bê baixou um app para contar as contrações “contraction timer” e eu sinalizava quando elas vinham.
Tínhamos um grupo no whatsapp sobre o parto, com todas as enfermeiras e parteiras, incluindo aquelas médicas que me abandonaram com 38 semanas e 6 dias. Assim que postamos que a bolsa tinha estourado elas começaram a sair do grupo. Muito deselegante, mas você tinha razão, depois descobri que foi um livramento apenas para confiar mais em mim mesma.

A minha doula deve ter chegado umas 23:00 e continuávamos a acompanhar as contrações, eu já estava na “partolândia” como falam
Eu estava exausta, parecia uma maratona, é muito cansativo. Mas devo te dizer que as respirações ascendentes foram ESSENCIAIS, foi tudo que me ajudou, eu não pedi anestesia, usei no máximo algumas gotas de óleo essencial de yang-yang.

Sem as respirações acho difícil qualquer uma tolerar a dor, a oxigenação fez tanta diferença que quando eu errava para responder alguém ou pedir água, a dor era muito maior e eu corria para retomar o ritmo.

A bolsa estourou às 21:00, Helena nasceu às 02:22

A linda Helena!

Como você uma vez sugeriu “escolha um mantra entre as ondas de amor, algo que faça você rececioná-las e não temê-las”
Eu escolhi este “Venham ondas, venham todas de uma vez, não me enrolem não que eu quero ver, eu quero conhecer minha filha”
Eu só foquei nisso, respirar e pensar no mantra. Foi o que eu acho que fez andar super rápido, falaram que meu parto foi “à jato”.

Apenas nos últimos 60 min que rolou um desespero da minha parte, achei que pudesse estar fazendo algo errado. Eu fazia muita força, e acabava saindo cocó, achei que estava ativando os músculos errados.
Mas no fim deu certo, a ideia do “círculo de fogo” me ajudou a superar a dor da ardência.

Helena, Mãe, Pai e toda a equipe que apoiou o parto

Eu só foquei nisso, respirar e pensar no mantra. Foi o que eu acho que fez andar super rápido, falaram que meu parto foi “à jato”.

Devo dizer que do seu curso talvez o expulsivo tenha sido o que menos estudei e isso explica meu desespero no final. Deveria ter me concentrado melhor na respiração Descendente. A meditação no final não funcionou muito, eu não queria nada que me atrapalhasse na concentração das respirações. De resto, acho que seu curso e minhas suplementações vitamínicas fizeram a grande diferença no meu preparo.

Estar cercado de profissionais competentes é importante, mas o parto como você uma vez disse, é feito pela mãe e a criança. Sem minha dedicação pessoal nesses ensinamentos seria difícil superar a geração de cesárias da minha família, as médicas irresponsáveis e todo um contingente de adversidades.
Eu te agradeço muito pela disponibilidade, pelo seu carinho e toda a atenção.
MUITO OBRIGADA MARIA! Fique com Deus!”

Obrigada eu minha querida Raphaela!

* O relato está escrito conforme foi enviado pela mãe e retrata a sua perceção.

Mais testemunhos de mães Hypnobirthing7
Relato de parto da Mimi
Relato de parto do Simão
Relato de parto da Emma

Nascimento da Mimi com Hypnobirthing
Nascimento da Mimi, um parto com Hypnobirthing

Quem segue esta página nas redes sociais recorda-se da mãe que teve o bebé 45 minutos depois de me enviar mensagem a dizer que estava em trabalho de parto. Aqui fica o relato de nascimento da Mimi, um parto com Hypnobirthing.

“Faz hoje três semanas da experiência mais incrível que vivenciei e que nunca imaginei viver!
Passo a resumir-lhe muito rapidamente o trabalho de parto e parto que vivi: pelas 2h30 acordei com as primeiras contrações dolorosas depois de, ao deitar, ter finalmente colocado no telemóvel (como me tinha sugerido) algumas das músicas que me dizem alguma coisa e que já não ouvia há algum tempo; entre essa hora e as 6h estive a ouvi-las; as contrações não tinham um intervalo certo mas variavam entre 25min e 15min; entre as 6h e as 8h adormeci, estava cansada por ter dormido pouco; levantei-me com algum desconforto, convencida que seria esse o dia, mas não tão cedo, “lá para o final do dia” – pensava eu.


Por isso tranquilamente tomei o pequeno almoço e pelas 8h30 comecei a registar as contrações que surgiram mais fortes e menos intervaladas.

Por essa hora, acordei, tomei o pequeno e oferecemos ao pai os presentes do dia do pai.

Pelas 9h30 escrevi os últimos e-mails de trabalho para que tudo ficasse tratado e avisei o pai que teríamos de ir para a maternidade.

Por volta das 9h45 avisei-a  e o pai levou as malas para o carro, quando chegou junto de mim, achou que já não teria condições de me levar em segurança e ligou para o 112, os bombeiros chegaram cerca das 10h20 com a intenção de me levar à maternidade mas já não havia tempo.

quando chegou junto de mim, achou que já não teria condições de me levar em segurança e ligou para o 112

A bolsa rompeu nessa altura e três puxos depois a Mimi estava connosco! Foi surreal e maravilhoso, uma experiência empoderadora e de puro amor. Tudo fez sentido e tudo correu bem. Graças a Deus.

Lembro-me do primeiro Gravidário em que participei em que muitas das outras participantes fizeram menção aos receios que tinham, recordo “a dor”, e o quanto “as histórias” ou as pessoas pouco positivas as assombravam.

Foi surreal e maravilhoso, uma experiência empoderadora e de puro amor.

Quando a Maria perguntou se alguém tinha alguma questão, ganhei coragem e perguntei-lhe “e se a história” tiver sido vivenciada por nós, num parto anterior?!

Recordo-me que foi particularmente doloroso para mim colocar a questão e ouvir a sua resposta deu-me algum ânimo, mas a fé num bom resultado não “adquiri” na mesma medida.

Tinha na altura 32 semanas de gestação.
Depois de muito pensar e ponderar, contactei-a por volta das 35 semanas e voltei a expor a minha experiência de parto anterior, no questionário inicial e novamente na primeira sessão.

Recordo também a questão que me colocou relativamente ao local do parto, à qual respondi que “precisava “fazer as pazes” com o local onde o primeiro parto tinha decorrido”. Após a experiência deste parto percebi que afinal precisava de “fazer as pazes” comigo mesma e acima de tudo acreditar em mim, nas minhas capacidades.

Após a experiência deste parto percebi que afinal precisava de “fazer as pazes” comigo mesma e acima de tudo acreditar em mim, nas minhas capacidades.

Agradeço o seu acompanhamento e agradeço sobretudo o caminho que percorre com grávidas e agora profissionais no sentido de oferecer às mulheres o seu lugar no parto dos seus filhos, dando-lhes a confiança que nem sempre têm.”


Eu é que agradeço a sua confiança e entrega, querida Sandra!
São estes relatos que me dão ânimo para encontrar tempo e fazer mais iniciativas gratuitas. Percebo que, no meio de um grupo de mulheres que não conheço, pode haver uma para quem aquela mensagem pode fazer toda a diferença.


* O relato está escrito conforme foi enviado pela mãe e retrata a sua perceção.

Mais testemunhos de mães Hypnobirthing
Relato de parto da Helena
Relato de parto do Simão
Relato de parto da Emma

Uma viagem transformadora com o Hypnobirthing em grupo

Se tens perto de 30 semanas à data do programa, e queres aprender em conjunto com outras grávidas, este acompanhamento em grupo é indicado para ti. Por um valor mais económico, empreende esta viagem transformadora com o Hypnobirthing em grupo.

O programa inclui:

– 2 sessões de grupo: via zoom, com data e horário fixo, na companhia de outras grávidas ou casais.
Se preferires, podes ver a sessão sozinha pois ficam gravadas até ao final do programa.

– Todo o material de apoio e treino, áudios, meditações, filmes, pdfs…para impressão e download.

– 5 horas de Programa em E-Learning onde aprendes, praticas e aprofundas as vezes necessárias e ao teu próprio ritmo.

– Apoio contínuo sempre que necessário

Grupos agendados:

Abril- Sessões a 8/4 e 29/4 das 18h às 20h – 1 vaga
Maio- Sessões a 6/5 e 27/5 das 18h às 20h – 3 vagas
Junho- Sessões a 2/6 e 23/6 das 18h às 20h – 4 vagas

Sessão 1:
Como funciona o Hypnobirthing e como te pode ajudar
Medos e crenças que te podem condicionar
O que deves saber, alterar, prever e decidir

Sessão 2:
Preocupações e dúvidas
Preparar o Kit Ocitocina
Passo a Passo, parto e Pós-Parto

Valor: 57 euros (via transferência, MbWay ou Paypal)

As vagas são limitadas, reserva o teu lugar, e prepara-te para aprender e praticar o Hypnobirthing acompanhada por mim e pelo grupo.

Faz já a tua pré-inscrição e, mais perto da data do acompanhamento em grupo, receberás um mail para formalizar a inscrição e um inquérito para saber mais sobre ti e preparar para a sessão.

Novo espaço semanal de apoio ao Hypnobirthing

Chegou a hora de fazer algumas reestruturações e criar um novo espaço de apoio semanal aos atendimentos de Hypnobirthing.

Quem me conhece sabe que o Hypnobirthing é a minha paixão. Vivo desta atividade, mas vai além de um mero trabalho, é uma missão, um propósito de vida. 

Nunca contabilizei o tempo que passo com uma mãe e desenvolvo cada acompanhamento consoante a necessidade de cada mãe, sem olhar á rentabilidade.

Quando a pandemia começou, aumentei logo uma sessão extra em todos os acompanhamentos, sem tocar nos valores, e assim se tem mantido. 

Estou sempre focada no mesmo objetivo: que a mulher que me procura tenha a SUA experiência de parto positiva, de acordo com a SUA história e as SUAS preferências. 

Comecei por fazer acompanhamentos esporádicos quando ainda ninguém queria saber do Hypnobirthing, no entanto, hoje começo a ter dificuldades de agenda.

É bom sinal porque reflete que mais mães me procuram mas, leva-me também a reestruturar a minha forma de trabalhar para respeitar os meus limites.

Novo espaço de Apoio

Sei também que só posso ajudar se eu própria estiver equilibrada. Já ando a trabalhar sem descanso há algumas semanas e esta situação está a exigir demasiado de mim. 

Assim, chegou a hora de fazer algumas alterações e, por este motivo, as sessões intermédias que adicionei ao programa serão substituídas por um novo espaço semanal onde as mães que acompanho poderão estar online comigo. 

A partir de dia 1 de Março, todas as 4.as feiras, entre as 11h e as 12h estarei disponível online, em sala zoom, para que possas colocar dúvidas, fazer ajustes ao programa ou simplesmente falar um pouco.

As mães que estou a acompanhar mantêm as 3 sessões e os novos acompanhamentos terão 2 sessões e esta nova modalidade de apoio. 

Esta é uma solução que me permite continuar a manter os mesmos resultados com mais respeito pelos meus limites. 

Link para entrar na sala Zoom:
https://us02web.zoom.us/j/5044586138

Para participar, basta enviar mail ou mensagem a avisar antes de entrar para que me possa preparar.

Espero que gostem deste novo apoio de Hypnobirthing. Estou a prepará-lo com muito carinho para que seja um espaço seguro onde me podem encontrar semanalmente.

Até lá, estou também online para todas as mães que precisam todas as 2ªas feiras no Gravidário, basta que se increvam, é gratuito.

Um beijinho a todas e até breve.

Hypnobirthing, quando o caminho te escolhe

Acredito que todos temos uma missão de vida e nem sempre a conhecemos. Por vezes o destino, ou Universo, encarrega-se de nos levar até ela. É o que chamo ser o caminho que te escolhe em vez de seres tu a escolher o caminho.
E foi o meu caso!

O livro “Muitas vidas, muitos mestres” de Dr Brian Weiss foi o grande responsável pelo que faço hoje.
Há uns 20 anos atras, li-o e pensei: um dia vou aprender a fazer hipnose.
E, passados 12 anos, fui aprender hipnose terapêutica. Só para saber, sem qualquer intenção de praticar. Foi mais de um ano, dias inteiros a aprender, dias inteiros a treinar, dias inteiros a praticar e a estudar para passar no exame final e ter a credenciação.
No entanto, fui das únicas pessoas do curso que nunca pretendeu exercer, até porque tinha uma atividade profissional confortável e não me passava pela cabeça mudar de área.

Se não escolhes o caminho é ele que te escolhe

Para mim, era apenas mais um curso que me traria saberes novos, como tantos outros que realizei. Apenas para ter novas ferramentas que me ajudassem a compreender o mundo e a mim própria.
Recordo-me da formadora comentar no último dia “Que pena se não exercer, perde-se uma ótima terapeuta”.
Confesso que fiquei lisonjeada, mas não dei grande importância.

E, passado este tempo aqui estou eu, não só a fazer hipnoterapia como também especializada em Hypnobirthing ou Hipnoparto.
Esta é a beleza da vida, quando não escolhes o caminho é ele que te escolhe.
Eu sou a prova disso!
E assim foi. Fui praticando a hipnose com amigos, que indicaram a outros amigos e que falaram de mim a outros amigos.
Cada sessão era uma descoberta e uma realização pessoal. Mesmo passadas muitas sessões ainda ficava espantada com os resultados provocados pela hipnose. Quando me pediam ajuda sentia que era quase “criminoso” não o fazer e lá fui fazendo cada vez mais sessões.

A primeira grávida

Até que um dia uma grávida me pediu ajuda. Estava profundamente traumatizada pelo parto anterior e cheia de medo desta gravidez.
No curso de Hipnose tínhamos falado sobre Hypnobirthing mas confesso que o tema não me despertou qualquer interesse. Até porque eu própria tinha tido um parto traumatizante e nem sequer gostava do tema.

Mas, para ajudar esta grávida, não podia utilizar as técnicas de trauma que tinha aprendido pois não se podem usar quando há um bebé na barriga da mãe.

Então, como poderia ajudar esta grávida?
Lá fui buscar as notas sobre Hypnobirthing e ler tudo o que estava ao meu alcance para adaptar aos meus parcos conhecimentos sobre o assunto.
E não é que resultou?
Incrédula, e achando que foi sorte (santa inocência) dei o caso por encerrado após o nascimento deste bebé.

Pura sorte!

Até ser contactada por outra grávida que trazia, novos medos e crenças que a impediam de viver a gravidez com tranquilidade.
E lá se repete todo o processo, ler, investigar, estudar, perceber como funcionava o parto e o Hypnobirthing.

E não é que resultou também?
E não é que estas grávidas me trazem novas grávidas e suas amigas e, quando dei por mim, tinha criado uma serie de técnicas para os vários contextos e que traziam resultados surpreendentes.
Mas, sempre achando, que não sabia o suficiente sobre esta matéria e era “pura sorte”.
Uma das grávidas marcou-me profundamente quando me disse que sem este acompanhamento não teria conseguido ter a experiencia maravilhosa de parto que teve, após o seu parto traumático anterior.

A ficha caiu

Fi aí que “a ficha caiu” e percebi o quanto a minha intervenção tinha mudado as vidas destas mães e destes bebés.

Só aí entendi a responsabilidade do que fazia.
Na altura era ainda uma atividade complementar, sem grande investimento de tempo da minha parte, pois encaixava as sessões entre os outros afazeres. Era algo que ia fazendo porque não tinha coragem de recusar, porque era útil e até gostava de fazer.

A minha história seria muito mais bonita se vos dissesse que sempre soube que era esta a minha missão de vida, mas não seria verdadeira
A verdade é que não fazia a mínima ideia de que o Hypnobirthing existia, nem era um tema que me interessasse pois a grávida ferida que estava em mim, nem sequer queria olhar para este tema.

Foi um despertar subtil, leve, lento… talvez para não me assustar.
Nem me apercebi do quanto estava a gostar destes acompanhamentos mas, com o passar do tempo, já faziam parte da minha vida.
E tudo foi acontecendo naturalmente, fui contactada por Centros de Partos que queriam saber o que era o Hypnobirthing e comecei a falar mais sobre o assunto.
Esta fase trouxe-me uma grande responsabilidade pois continuava a achar que não sabia o suficiente sobre esta matéria e poderia defraudar quem confiava em mim.

Rumo a Londres

Continuava a pensar que os bons resultados obtidos eram fruto de boa vontade e muita sorte.
E a insegurança tomou conta de mim.
Foi ela que me levou a Londres fazer a formação KGH e aprender mais sobre Hypnobirthing. E lá fui fazer a formação que me deu muita informação sobre anatomia e fisiologia do parto. Era uma parte que me fazia falta e ajudou muito a minha formação. Com este curso percebi também que as técnicas que tinha criado para as “minhas” grávidas portuguesas estavam alinhadas e corretas.
Mas percebi também que esta formação não poderia ser aplicada em Portugal pois temos praticas e condições de parto diferentes. Levou-me a ajustar os novos saberes com a realidade portuguesa e a minha pratica como hipnoterapeuta.

Do nada, algumas revistas descobriram-me e pediram para partilhar a minha experiência, escrevi vários artigos e fui a várias palestras, divulgando o Hypnobirthing em Portugal. Cada vez aprendia mais e divulgava mais este método maravilhoso e virou um circulo vicioso: quanto s mais resultados tinha, mais aprendia e mais divulgava.

Resultados, aprendizagem, divulgação

E finalmente percebi que esta era muito mais de que uma atividade: era uma missão. Foi aí quem criei um nome, um logotipo, um site, as páginas das redes sociais e assumi que esta era a minha paixão.

Percebi também que existe mundo fora de Lisboa e criei, muito antes da pandemia, um acompanhamento online.
Chegou a Pandemia e, preocupada com todas as grávidas, criei um acompanhamento gratuito online, que tenho ainda hoje.

E foi nesta altura que percebi que todos os pontos se alinharam e todos os passos me trouxeram até aqui.

Grávidas de Portugal inteiro procuraram-me para acompanhamentos online. Trabalhei muito, muito mesmo, mas estava muito muito feliz.

Acreditar e fazer a nossa parte

Nunca nenhuma grávida ficou sem apoio, quer pudesse pagar por ele ou não.
Era, e é ainda, ponto de honra, nenhuma mãe fica sem apoio por não ter dinheiro para comprar o curso. Não divulgo porque fazer o que é certo é uma obrigação e não uma ação de marketing. É algo que faço quando é necessário e sempre que me é possível.

Isto tudo faz-me acreditar que o caminho está traçado e todos nós temos a nossa missão, mesmo que não a conheçamos.

Todos temos um papel no mundo, basta acreditar, estar atenta e fazer a nossa parte.
Eu só descobri o meu depois dos 50 anos.
E, agora que a conheço, posso afirmar: que bonita que é a missão que o destino escolheu para mim!

Obrigada!

Fonte imagem: https://www.vaticannews.va/pt

Nascimento do Simão, relato de parto com Hypnobirthing

A Andreia, uma mãe, com fobia de hospitais e agulhas**, fez o acompanhamento completo e ganhou confiança com o Hypnobirthing. Durante o parto teve de lidar com situações desafiantes e adversas e este é o seu relato de parto com Hypnobirthing.

“Na noite de Sábado comecei a sentir as ondas que se foram intensificando com o passar das horas. No domingo de manhã já estava com intervalos de 2 minutos. Tomei banho, preparei as coisas e fomos para o hospital.

13h45- chegada ás urgências. Estava tranquila, fiz uma viagem calma, sem stress nem medos, sempre acompanhada das respiração 4/8 e com a sessação de que tudo ia correr bem.

Á chagada ao hospital disseram-me que provavelmente ia voltar para casa pois só tinha 1 cm de dilatação. Após o CTG decidiram internar-me pois as ondas continuavam regulares de 2 em 2 minutos.

Fiquei no quarto sozinha com monitorização das ondas e a ouvir os áudios da Maria para me tranquilizar e preparar para o parto.

16h- internamento – Dirigi-me ao quarto onde ia ficar com uma enfermeira com quem falei cerca de 15 mns sobre o meu plano de parto. Fiquei animada por saber que todas as práticas importantes para mim eram implementadas no hospital.

Até aqui toda a equipa que me recebeu foi calorosa, profissional e amável. Sentia-me confiante e em boas mãos.

Fiquei no quarto sozinha com monitorização das ondas e a ouvir os áudios da Maria para me tranquilizar e preparar para o parto.

Foi aqui que o meu estado de tranquilidade se alterou com a entrada de uma parteira que se dirigiu a mim e disse:

– “Você é aquela com o plano de parto? Diga-me lá o que é que você quer?”

Respondi amavelmente que quero o que todas as gr+avidas querem e fui resumindo o que era mais importante para mim.

O meu plano de parto era simples e flexivel e dividia-se em 3 colunas:

– O que eu desejava que acontecesse
– O que eu estaria disposta a aceitar caso não corresse como esperado
– O que eu não permitia

“Você é aquela com o plano de parto? Diga-me lá o que é que você quer?”

A parteira foi entrando e saindo, muito irritada porque a monotorização estava a falhar, segundo ela, devido à minha barriga “demasiado empinada”.

Nesta fase eu já me estava a sentir um pouco nervosa pois a atitude dela estava a deixar-me desconfortável.

Quando veio para avaliar a minha dilatação já tinham passado algumas horas e, para além de me ter magoado, e ter sido extremamente bruta em relação às 2 outras enfermeirasque ja tinham feito o mesmo procedimento, disse.me “você nem sequer está em trabalho de parto”. Eu respondi que as ondas continuavam bastante e ela retorquiu “não, não estão” e foi embora.

Tentei ao máximo ignorar as entradas dela no quarto, ouvir os seus áudios, pois naquela altura a Maria era a única amiga que eu tinha para me acalmar.

Apesar de ir falando com o meu marido, não mencionei esta situação para não o preocupar e também para não escalar os meus sentimentos negativos em relação ao que se estava a passar.

Ao segundo toque para a dilatação, por volta das 22h30 eu estava apenas com 3 dedos de dilatação e, mais uma vez, a parteira voltou a fazê-lo de tal forma que achei que não estava a ser tratada da forma devida.

Enviei mensagem a uma amiga que trabalho neste hospital e que me disse que o turno terminava ás 23h e provavelmente ela iria embora. O meu coração sossegou.

Por volta da meia noite a minha vizinha enviou-me uma mensagem a dizer que já tinha falado com a colega que entrara de serviço e lhe tinha dito que no meu plano eu me recusava a levar Epidural e fazer Oxitocina.    É certo que não era a minha preferência mas nunca me recusei a estas práticas se fossem necessárias.

Foi um momento mágico, sem dor, nem medos, nem traumas nem energias negativas.

A enfermeira veio falar comigo e aconselhou-me estes dois procedimentos pois eu não estava a fazer a dilatação e as ondas eram cada vez mais fortes e intensas. Acedi.

01h00- Levei Epidural e comecei a Oxitocina, não tive qualquer receio de agulhas*, nem me senti mal ou desmaiei como era o meu receio. Estava novamente calma e tranquila.

03h30- Deu-se o rompimento da bolsa

06h00- já estava com dilatação completa e começa o parto

06h34- nasce o Simão! Foi um momento mágico, sem dor, nem medos, nem traumas nem energias negativas.

Acredito que o meu Simão não quiz nascer nas mãos da outra parteira, a equipa que me fez o parto foi a mais espetacular e perfeita que podia ter tido. Ele quis esperar para que eu e ele ficassemos em boas mãos.

O pai assistiu ao parto e, ele que dizia que eu ia desmaira, afinal quase que caía para o lado 🙂

O pai assistiu ao parto e, ele que dizia que eu ia desmaira, afinal quase que caía para o lado 🙂

Queria deixar à Maria a mensagem de que não houve curso, ou relato, ou leitura, que me tivesse ajudado e preparado mais para este momento do que o seu curso de Hypnobirthing. Acredito que tudo aconteceu da forma mais perfeita, e o seu curso ajudou-me a mudar a perspetiva deste momento para algo positivo e natural. Posso dizer que não fiquei traumatizada, ou com receio de ter um segundo filho, mesmo na circunstância que me poderia ter causado mais stress (a parteira negativa).

Se pudesse deixar um conselho a todas as grávidas seria: Façam o curso de Hypnobirthing!

Um grande beijinho e mais uma vez obrigada!
A melhor forma que tenho de lhe agradecer é realmente dar a conhecer a maravilha do Hypnobirthing e recomendá-la a todas as grávidas, que é o que tenho feito.”


Obrigada querida Andreia, foi um gosto vê-la a ganhar confiança!

* O relato está escrito conforme foi enviado pela mãe e retrata a sua perceção.

**Esta mãe começou o acompanhamento com fobia de hospitais e agulhas

Mais testemunhos de mães Hypnobirthing
Relato de parto da Mimi
Relato de parto da Helena
Relato de parto da Emma

Dicas para uma experiência de parto positiva

Aqui ficam 5 dicas para te ajudar a ter uma experiência de parto mais positiva e tranquila.

1- Aumenta a confiança
No parto, o medo aumenta envia mensagens de perigo para o corpo e este processo atrapalha o nascimento do teu bebé.

O medo aumenta o tempo de trabalho de parto, porque os teus músculos ficam tensos. Por outro lado, reduz o fluxo sanguíneo, tornando o parto mais demorado e doloroso.
Quando aumentas a tua confiança, reduzes o medo e relaxas. E isto facilita todo o processo e ajuda-te a ter um parto muito mais calmo e, obviamente mais confortável.

2- Aprende a evitar a tensão
Se estiveres tensa, gerir a dor é sempre mais difícil!
Relaxamento, respiração e visualização são habilidades naturais de controle da dor que ajudam a lidar com o incómodo físico.

Durante a gravidez, aprende a concentrar-te na respiração e a deixar as preocupações. Este processo ajuda-te a relaxar conscientemente cada músculo do seu corpo. Nas últimas semanas, habitua-te a praticar regularmente estes exercícios. Fecha os olhos, concentra-te na respiração, relaxa cada músculo do teu corpo conscientemente e visualiza o teu parto ideal.

Quanto mais praticares, mais fácil será concentrares-te durante o parto.

3-Acredita em ti e na sabedoria do seu corpo
A gravidez não é uma doença e as mulheres sabem fazer nascer há milhares de anos. Isto, porque o teu corpo está perfeitamente concebido para o fazer de forma natural. No entanto, a sociedade moderna implantou a crença de que o parto perigoso e difícil.
Informa-te, aprende como tudo se processa para desenvolveres confiança em ti, no teu corpo e no teu bebé. Vê filmes de nascimentos bonitos ou lê relatos de partos positivos. Tudo isto ajudará a aumentar a confiança na sabedoria milenar do teu corpo e ter um parto mais tranquilo.

O teu corpo está perfeitamente concebido para parir, no entanto, a sociedade moderna implantou a crença de que o parto perigoso e difícil.

4- Prepara o teu companheiro de parto
Sim, tu farás a maior parte do trabalho, mas não subestimes o apoio de quem te acompanha. Quanto mais informado(a) estiver o teu parceiro(a) de parto, mais te poderá ajudar e participar ativamente no parto. Certifica-te de que o teu companheiro compreende todos os estados, físicos e emocionais, do trabalho de parto. Ajuda-o a preparar-se para te acompanhar e apoiar.
Confia no seu apoio, informa-o das tuas preferências e prepara-o para que seja o guardião das melhores condições de parto. Será também o elo de ligação com a equipa médica para que nada te perturbe.
Juntos são uma equipa!

5- Aprende, prepara-te, pratica e aplica
Evita ser uma mãe passiva e toma as rédeas da situação. Prepara-te, por exemplo com os exercícios de auto-hipnose que te ajudam a relaxar e a concentrar durante o parto. Investe num curso de preparação para o parto onde aprenderás como tudo se vai processar ou numa doula que te irá preparar e apoiar. Em resumo, rodeia-te de uma equipe de profissionais que te ajudem e respeitem.

Se te fizer sentido, escolhe um acompanhamento e pratica o Hypnobirthing que te preparará para ter uma experiência de parto positiva.

E não esqueças que a tranquilidade e boa disposição ajudam à produção de Ocitocina, a hormona mais desejada no parto.

Maria Ribeiro
Fundadora do Parto se Medos- Hypnobirthing7- Programa de acompanhamento online com Hypnobirthing.
Mais dicas no Instagram

A visão do recém nascido

Quando o bebé nasce já consegue ver o que se passa em seu redor. Isto, de forma muito especial pois a visão do recém nascido desenvolve-se mais lentamente do que os seus outros sentidos.

O recém-nascido consegue focar a distância de 20 a 25cm, conseguindo focar a cara da mãe enquanto mama, por exemplo. Mas não é capaz de distinguir cores ainda, apenas consegue ver nuances de cinza. Com poucos dias, porém, já consegue distinguir o rosto da mãe do rosto de outras pessoas. Mesmo só visualizando grandes contrastes.

No entanto, as respostas à luz e à escuridão observam-se logo nos primeiros dois dias após o nascimento.

Aos dez dias, os bebés são capazes de seguir com os olhos objetos em movimento, mas ainda com pouca acuidade visual. E, com 6 meses consegue distinguir as cores, círculos e triângulos. Consegue também distinguir e a cara dos pais da cara de estranhos.

É interessante perceber que, nesta idade já têm a capacidade de percecionar a profundidade e, consequentemente, evitar situações em que possam cair.

Analise aqui os vários estados de visão do seu bebé, ao longo de 12 meses. Um exercício interessante para entender melhor o seu bebé.

Fonte: Desenvolvimento físico na infância [Sprinthall & Sprinthall, 1993]
Imagem: https://www.mdsaude.com/ –